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sábado, 30 de junho de 2012

O orgasmo nosso de cada dia

Lendo o livro palavras de poder onde o autor Lauro Henriques Jr, entrevistou mais de 20 "celebridades" do comportamento Humano e da espiritualidade, deparei-me com a visão do falecido Gaiarsa sobre o comportamento não-verbal.
Meus amigos sabem de minha preferência pela análise reichiana, alguns até me chamam de "a corporal" , quero esclarecer que a análise bioenergética não faz esta separação :corpo x mente, na verdade convida a unicidade destas partes, unicidade que causa desconforto desde a época de Jesus Cristo, segundo Gaiarsa.Jesus pregava a mensagem de contato humano na passagem :"Amai-vos uns aos outros" e o que ocorreu? foi crucificado.Se o tato foi o primeiro sentido a se desenvolver no humano. Por que motivos alguns evitam isso? 

O ditado quem vê cara não vê coração, por um lado é uma grande mentira, o essencial para compreensão do outro é prestar atenção nele.Então, ver a "cara" (neste sentido representada pelo corpo, os gestos, o não verbal), é  estar atento ao que o "coração" (neste sentido a emoção da verdade) do outro quer dizer.
Palavras são palavras, nem sempre retratam a verdade interna, já o corpo.... os gestos, o NÃO VERBAL, retratam muita coisa..sim. 

E o encontro amoroso?A função do orgasmo segundo Reich,como fica nisso tudo?
Já QUESTIONAVA Wilhelm Reich:"Por que motivos a mais insuportável de todas as angústias e a angústia do prazer?" E Bernard Shaw que afirmou: "Há duas catástrofes na existência:a primeira é quando nossos desejos não são satisfeitos; a segunda é quando são" .
Pois é: voltamos ao medo do envolvimento e consequentemente do contato.Segue dica de Gaiarsa na íntegra:
"No caso do encontro amoroso/sexual, que seria uma boa hora para se treinar o toque e o envolvimento, ele ao invés disso, acaba funcionando ao contrário, quando as pessoas já entram com a intenção limitante de "aqui é para transar".Essa é a forma mais refinada de repressão sexual.Em vez de perceber o outro e entrar em contato com ele a pessoa se preocupa com a performance, com aquela exibição ansiosa de gritos, espasmos em resolver logo a situação.ISSO NÃO É PRAZER, ISSO É ANSIEDADE."   
Na pretensão de concluir, pois o assunto é quente, coloco sob a forma de perguntas, partes do texto da colega Cristiane Nistal:
"..Se fôssemos sexualmente saudáveis?Se não estivéssemos dissociados do corpo?Se não tivéssemos passado pelo conflito edipiano e por uma educação  brochante?Se não tivéssemos o soalho pélvico suspenso e contraído por causa do medo ?Se o coração não fosse fechado de tristeza?"

Teríamos uma entrega completa para o amor e o ato sexual e menos bloqueio do nosso potencial criativo para o trabalho, a arte e naturalmente.. para a VIDA. Um bom orgasmo para todos!!

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