Em tempos de carnaval, ou melhor em término de carnaval a palavra FANTASIA parece bem adequada, mas o título da reflexão é uma pergunta de Antonio Quinet, psiquiatra, psicanalista e filósofo Francês que diz o seguinte:
"Qual é a sua fantasia?"
- De que fantasia você está falando? Desse termo em
português para se referir ao traje de carnaval?
Em inglês e também em francês é "costume". .
"Em outros termos, qual o figurino que você vai
emprestar a sua fantasia?"
- Vou sair sem fantasia. "Até parece que é possível
estar sem fantasia!" - Vou fantasiado de Eu mesmo!
"E quem disse que esse "Eu" não é uma fantasia?"
Para alguns não, para outros talvez e para muitos sim!
Quantas pessoas têm a sensação de estranheza de sua própria vida e natureza?Quantos não sabem exatamente a origem e motivo de suas ações, pensamentos e sentimentos? Quantas e quantas vezes, questões antigas de nosso aprendizado educacional apareceram em nossas reações sem que tenhamos solicitado este arquivo de memória e na maioria das vezes eles acontecem sem autorização e nos deixam sem entender muitas coisas.Ficamos refém do passado, de uma memória congelada que se faz presente sem a menor noção de tempo.O inconsciente!!! Seria ele "burro"? Ou atemporal?
Freud uma vez afirmou que “Não ficaria surpreso, em ouvir que a psicanálise, que se preocupa em revelar essas forças ocultas, tornou-se assim estranha para muitas pessoas por essa mesma razão.”
E o cantor Chico César usou a música para trazer uma leveza lúdica para esta estranheza que no fundo queremos conhecer.
ESTRANHO
Eu bem que avisei
Sou estranho
Não chegue tão perto assim
Vai por mim
Você fez que não ouviu
Tomou de conta
Fez de conta que era charme alfenim
Ai de mim
Agora quero ir
Eu quero ir embora
Embora não deseje o fim
Vai por mim
Você será sempre o seu estranho? Ou prefere a frase clássica do Pequeno príncipe?
"..O essencial é invisível aos olhos.Os homens esqueceram esta verdade,mas tu não há deves esquecer.Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." A.S Exupéry