Uma pesquisa entitulada: "A vivência do luto em viúvas idosas e sua interface com a religiosidade e espiritualidade: um estudo clínico-qualitativo", defendida na Escola de enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP, observou que a religião (procurou-se envolver participantes de religiões variadas) é uma grande aliada para que elas superem a morte de seus companheiros.
O estudo buscou compreender os sentidos que as viúvas idosas tinham a respeito do luto, levando em conta sua espiritualidade.
A pesquisa constatou que a religiosidade funciona como combustível para superar a perda, e que o fato destas mulheres já terem vivenciado muitas perdas durante a vida ajudou na superação do luto, ao invés de torná-lo mais difícil.
Essa reação, denominada resiliência, mostrou-se muito evidente no grupo estudado. O simples relacionamento com os “irmãos” já lhes era benéfico e ajudava durante o processo.
Ciência e religião andando juntas - Luto & Culpa
Ciência e religião andando juntas - Luto & Culpa
A pesquisa também aponta que a culpa, reação normal durante o luto, não foi atribuída a nenhum ente divino. “Isso mostra mais uma vez como o relacionamento dessas idosas com a religiosidade e suas crenças mostrou-se muito positivo, pois nenhum elemento negativo ligado à religião foi observado” diz o pesquisador.
Historicamente, há uma divisão entre ciência e religião, e que muitos estudos focam o lado negativo de sua influência na saúde mental das pessoas. Entretanto, novas pesquisas, vêm mostrando que a religiosidade e espiritualidade possuem um papel positivo na saúde, especialmente na saúde mental. Esses dados demonstram a importância da religião para este grupo, já que ela ameniza o sofrimento no processo de luto e pode evitar consequências negativas como depressão, doenças físicas e até a mortalidade.
Historicamente, há uma divisão entre ciência e religião, e que muitos estudos focam o lado negativo de sua influência na saúde mental das pessoas. Entretanto, novas pesquisas, vêm mostrando que a religiosidade e espiritualidade possuem um papel positivo na saúde, especialmente na saúde mental. Esses dados demonstram a importância da religião para este grupo, já que ela ameniza o sofrimento no processo de luto e pode evitar consequências negativas como depressão, doenças físicas e até a mortalidade.
Por isso, "irmãos" esperamos que pesquisas como esta, possam levar a outras, que unam os dois campos (religião e ciência), mas sem beneficiar uma determinada doutrina.
(Agência USP de Notícias)